sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Exclusivo: “A conexão Hitler-Sanger”


Esta é minha tradução para o português de um belíssimo artigo de Dinesh D'Souza, onde ele expõe de forma cristalina a íntima relação existente entre os nazistas e os defensores do chamado “controle de natalidade”.


Exclusivo:  “A conexão Hitler-Sanger”

“Mais crianças com o nosso padrão; menos com o perfil inadequado - essa
é a preocupação principal do controle de natalidade.1

Margaret Sanger, Birth Control Review.




Margaret Sanger, fundadora da Planned Parenthood, tem um legado ignóbil como uma racista que se relacionou com a Ku Klux Klan e iniciou um Projeto macabro para reduzir a população de afro-americanos pobres e não instruídos, os quais considerou impróprios para se reproduzirem. Esta Margaret Sanger - a verdadeira Margaret Sanger - está completamente “escondida” atrás da propaganda da Planet Parenthood, a qual retratou falsamente Sanger como uma campeã da “liberdade de escolha” da reprodução humana.

No entanto, ainda mais incriminadora do que o racismo de Sanger é a sua estreita associação com o nazismo. Sanger fazia parte de uma comunidade de progressistas americanos que defenderam dois remédios para se livrar de populações "impróprias". A primeira foi a esterilização forçada, solução preferida de Sanger.

Sanger queria que as esterilizações parecessem voluntárias. Em um artigo de 1932, ela pediu que as mulheres fossem segregadas da comunidade, sendo inseridas em  "fazendas", onde seriam "ensinadas a trabalhar sob instrutores competentes" e impedidas de se reproduzirem “para sempre”. Se o as mulheres não quisessem viver desse modo, poderiam sair das fazendas ao consentirem ser esterilizadas.2

A outra solução progressiva foi a "eutanásia", que basicamente envolveu matar os doentes, os idosos e os deficientes físicos e mentais. Um dos colegas de Sanger, o progressista californiano, Paul Popenoe, solicitou "câmaras letais" para que um grande número de pessoas "impróprias" pudessem ser sistematicamente listadas e mortas.3

Os nazistas aprenderam bastante sobre esses programas americanos, adotando-os com entusiasmo. Como Edwin Black documenta em seu livro The War Against the Weak (“A guerra contra os fracos”), a lei de esterilização nazista de 1933 e as subseqüentes leis de eutanásia nazistas foram ambas baseadas em planos elaborados por Sanger, Popenoe e outros progressistas americanos.4



De fato, as "câmaras letais" que os nazistas empregavam usando gás monóxido de carbono para matar "imbecis" e outros “indesejáveis” ​​foram os primeiros campos da morte. Mais tarde, essas instalações foram expandidas para a "solução final" de Hitler contra os judeus, usando muitos dos mesmos médicos que ocupavam as instalações de matança via eutanásia.

Os associados de Sanger, Clarence Gamble (o qual financiou-a e discursou em suas conferências) e Lothrop Stoddard (o qual publicava na revista de Sanger e trabalhava no conselho da American Birth Control League), conheciam os programas nazistas de esterilização e eutanásia e os elogiaram. Stoddard viajou para a Alemanha, onde se encontrou com altos oficiais nazistas, e até conseguiu uma audiência com Hitler. Seu livro de 1940, Into the Darkness, é um hino à eugenia de Hitler e dos nazistas.5

Sanger também estava nesse projeto. Em 1933, a revista de controle de natalidade de Sanger publicou um artigo sobre "Esterilização Eugênica", de Ernst Rudin, arquiteto-chefe do programa de esterilização nazista e mentor de Josef Mengele, o notório médico nazista de Auschwitz. A revista de Sanger também reimprimiu um panfleto que Rudin preparou para os eugenistas britânicos.

Escrevendo no ano de 1938, quando o programa nazista estava em pleno andamento, Sanger instou a América a seguir o exemplo de Hitler. Usando a linguagem do darwinismo social - a mesma linguagem que Hitler usou em sua obra, Mein Kampf - Sanger disse: "Na indústria animal, não se permite que o estoque “pobre” se reproduza. Nos jardins, as ervas daninhas são controladas". "A América", concluiu Sanger, "deve aprender com os nazistas,  cumprindo com o mandato próprio da natureza, livrando-se das "ervas daninhas humanas".6

Hitler nunca cita Margaret Sanger, mas foi inspirado pelos escritos de dois de seus associados, Leon Whitney, da American Eugenics Society, e Madison Grant, da New York Zoological Society. Durante a década de 1930, Whitney visitou Grant para orgulhosamente mostrar-lhe uma carta que acabara de receber de Hitler, na qual o Führer pedia-lhe uma cópia de seu livro, The Case for Sterilization.

Para não ser “superado” pelo colega, Grant mostrou a sua própria carta enviada por Hitler, a qual o elogiava por escrever The Passing of the Great Race , um livro que Hitler chamou de A "Bíblia" eugênica.7  Este acontecimento mostra como os eugenistas progressistas na América estavam bem cientes do impacto de seus trabalhos sobre Hitler, cuja associação com o Führer lhes era motivo de orgulho.

Outro exemplo do entusiasmo progressivo de Hitler envolve Charles Goethe, fundador da Eugenics Society of Northern California, o qual ao retornar de uma viagem de pesquisa para a Alemanha em 1934 escreveu uma carta de felicitações ao colega Eugene Gosney, chefe da “Fundação de Melhoramento Humano” baseada em San Diego.

"Você ficará interessado em saber", dizia a carta de Goethe, "que esse trabalho desempenhou um papel poderoso na formação da opinião do grupo de intelectuais que está por trás de Hitler neste programa de modelagem de uma Era. Em todo lugar, senti que as opiniões deles foram tremendamente estimuladas pelo pensamento americano, e particularmente pelo trabalho da Human Betterment Foundation. Quero que você, meu querido amigo, leve este pensamento contigo pelo resto de sua vida".8

Se a Planned Parenthood e a Esquerda querem realmente se afastar dessa história sórdida, devem parar de negar estes fatos. Em vez disso, eles deveriam repudiar e se distanciar de Sanger e  de seus colegas progressistas, os quais não eram apenas intolerantes e racistas, mas também inspiradores de algumas das piores atrocidades cometidas no século XX.


Citações:

1 Cited by Richard Weikart, From Darwin to Hitler (New York: Palgrave Macmillan, 2004), 135.
2 Margaret Sanger, “My Way to Peace,” January 17, 1932, Margaret Sanger Papersnyu.edu/projects/sanger.
3 Paul Popenoe and Roswell Hill, Applied Eugenics (New York: Macmillan, 1918), 180.
4 Edwin Black, The War Against the Weak (Washington, D.C.: Dialog Press, 2013), xvii, 258.
5 Ernst Rudin, “Eugenic Sterilization, an Urgent Need,” Birth Control Review, April 1933.
6 Margaret Sanger, “Human Conservation and Birth Control,” March 3, 1938 speech, Margaret Sanger Papersnyu.edu/projects/sanger.
7 Cited by Black, The War Against the Weak, 270.
8 Cited by Stefan Kuhl, The Nazi Connection (New York: Oxford University Press, 1994), 36, 46.








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