Em nosso próximo artigo vamos curtir uma belíssima publicação do NRI (National Review Institute) em tradução livre para o português. Uma boa leitura a todos!
O que é o Conservadorismo?
Por LEE EDWARDS - 22 de outubro de 2018
Link com o artigo original (em inglês):
https://www.nationalreview.com/2018/10/conservatism-definition-philosophy-not-ideology/
O que é o conservadorismo?
O conservadorismo é um filosofia, não uma ideologia.
O instituto National Review, liderado pela formidável Lindsay Craig, tem se empenhado em um projeto louvável nos últimos cinco anos, patrocinando um “exame rigoroso” dos princípios conservadores para profissionais em meio de carreira que querem uma compreensão mais profunda do conservadorismo. Liderando as discussões ao longo de oito seminários que ocorrem durante jantares estão conservadores tais como Victor Davis Hanson, Jonah Goldberg, Richard Brookhiser, Dan Mahoney e Kathryn Jean Lopez.
Eu tive o privilégio de laçar a série em Nova York, Washington, DC, Dallas, São Francisco e Filadélfia com o perfil do polímata fundador da NATIONAL REVIEW, William F. Buckley Jr. Na sessão de perguntas e respostas que segue, duas perguntas são invariavelmente feitas por advogados, educadores, funcionários do governo, médicos, empresários e até mesmo pelos pastores participantes.
A primeira pergunta que geralmente vem em meio à discussão é: "Existe alguém hoje que poderia ser o próximo Bill Buckley?" Eu me recuso a ficar preso a um nome, mas aponto para jovens oradores como Ben Shapiro e Matthew Continetti, além de editores perspicazes como Yuval Levin e Dan McCarthy. Quando pressionado, responderei que Bill Buckley era sui generis e é improvável que o veremos novamente. Mas, acrescento rapidamente, há um bom número de conservadores com menos de 40 anos cujos talentos em soma são iguais aos do homem que, mais do que ninguém, produziu o movimento conservador moderno.
A segunda questão geralmente surge ao final do jantar: “O que é conservadorismo?” A maioria dos companheiros do Instituto National Review vive em um mundo liberal hostil no qual são desafiados a justificar suas posições filosoficamente. Eles não buscam um mero tweet, mas uma explicação detalhada do conservadorismo sobre a qual eles possam basear seu apoio ou oposição nos assuntos urgentes diários.
Minha resposta se baseia em quatro fontes: (1) A Declaração de Sharon, elaborada por M. Stanton Evans e adotada por Young Americans for Freedom em sua reunião de fundação que ocorreu em setembro de 1960. (2) The Conservative Mind (A mente conservadora), de Russell Kirk, obra que afirma estar a essência do conservadorismo em seis cânones. (3) The Conscience of a Conservative (A Consciência de um Conservador), de Barry Goldwater, a qual fala sobre os dois lados do homem: o material e o espiritual. (4) Up from Liberalism (A partir do liberalismo), de Buckley.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2018
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Não existiria Bolsonaro presidente sem Olavo de Carvalho
Como complemento ao artigo anterior (Uma revolução libertária crescente no Brasil), trago esta fantástica análise da enorme mudança no ambiente cultural brasileiro ocorrido nos últimos anos, com a exposição do grande nome por trás dela: Olavo de Carvalho.
Uma ótima leitura a todos!
Não existiria Bolsonaro presidente sem Olavo de Carvalho
Jair Messias Bolsonaro é eleito presidente do Brasil. Muitas hipóteses surgem para explicar como um candidato com pouco recurso, fora do establishment e com oposição de maior parte da imprensa foi capaz de ganhar a eleição. As explicações mais comuns são aquelas que colocam, na percepção do eleitor, Bolsonaro como um catalisador da valorização da segurança pública, do antipetismo, de valores conservadores e do anti-establishment. Verdade. Mas existe uma variável pouco explorada pelos analistas que foi fundamental para explicar "Bolsonaro presidente". Essa variável se chama "Olavo de Carvalho".
O texto completo pode ser encontrado no link abaixo:
Não existiria Bolsonaro presidente sem Olavo de Carvalho
Uma revolução libertária crescente no Brasil
Na esteira do repúdio generalizado desta semana a
partidos políticos intervencionistas e socialistas no Brasil - e a um repentino
surto de amplo apoio a candidatos favoráveis ao mercado - recebi muitas
perguntas: Como o Brasil fez isso? Como vocês têm tantos libertários? Como
vocês conseguiram fazer tudo isso? Como vocês elegeram essas pessoas? Como isso
aconteceu?
Essas perguntas são feitas a mim e a outros
libertários brasileiros por todos os libertários não brasileiros que eu
conheço.
Se você não está ciente do crescimento do movimento
libertário no Brasil, então considere visitar um de nossos eventos. Nada supera
esta experiência. Mais e mais, eles atraem centenas de pessoas, com muitos,
inclusive, cobrando um preço não muito amigável. Precisamos fazer isso porque
só podemos acomodar tantas pessoas se pudermos pagar por locais que tenham essa
capacidade.
Você pode também ir a escolas ou universidades e ver
alunos lendo e citando Mises, Rothbard e Hoppe, encarando professores de
esquerda que pregam o evangelho do estado e organizando grupos de estudantes.
Eu criei um site onde você pode cadastrar-se como um libertário, iniciando um
grupo de orientação libertária, o que permite que cada pessoa registrada em um
raio de 50 km receba uma notificação por e-mail. Com pouco esforço e promoção, nós
temos agora mais de 200 grupos registrados, a maioria deles em escolas ou
universidades.
Você também pode fazer o oposto: ir a reuniões de
esquerda e perguntar o que eles desprezam, com o que estão preocupados. Além do
surgimento de uma nova direita e seu padrão socialista médio, você ouvirá sobre
os “ultraliberais”, ouvirá lamentações sobre como as pessoas não aderem mais à
opinião admissível, ousando desafiar os dogmas estatistas através da utilização
de coisas simples como a internet e de autores “neoliberais” como Mises, os
quais argumentam a favor do livre mercado, da desregulamentação e até do fim do
estado.
Entretanto, um dos exemplos mais intrigantes que eu
posso aqui expor trata de um vereador de uma cidade de cinquenta mil habitantes
no sul do Brasil. Ele foi eleito quase sem querer, tentando apenas para apoiar o
seu partido. Depois de ser empossado, começou a investigar a administração
pública e a economia. Descobriu o Instituto Mises Brasil, o meu canal, leu
alguns livros e, pouco mais de um ano depois, finalmente percebeu que aquilo o
que a Câmara municipal fazia era simples perda de tempo e dinheiro.
Muito também pode ser visto sem ter que embarcar num
avião para o Brasil. Um rápido passeio pelos livros mais vendidos na Amazon
Brasil provavelmente causará surpresa a muitos. Lá temos, por exemplo, “As seis
lições”, de Mises, em terceiro lugar no segmento economia, “A mentalidade
anticapitalista” em sexto e “O livre mercado e seus inimigos” em décimo
primeiro. O livro sobre Bitcoin, de Fernando Ulrich, está no décimo quarto lugar,
“O que o governo faz com o nosso dinheiro”, de Rothbard, em décimo-quinto, “Ação
humana” em décimo sétimo e “O que deve ser feito”, de Hoppe, em décimo nono.
Vinte e dois dos cinquenta livros mais vendidos estão relacionados à economia
de livre mercado, com alguns de Adam Smith no meio deles.
Seis dos cinquenta livros mais vendidos no segmento
política também têm um toque de liberdade, sendo um deles “Democracia, o deus
que fracassou”, de Hoppe, em quadragésimo primeiro. E ainda assim, suspeito que
isso esteja distorcido para baixo, já que devido à eleição qualquer livro que traga
temas como "fascismo" no título tenha vendido bem, uma vez que a
esquerda fez uma enorme tempestade em torno dessa questão.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
A Caverna de Platão
Segue, para leitura e relexão de todos, pequenino trecho da belíssima obra “A última superstição - Uma refutação ao
neoateísmo” (de Edward Feser).
Platão resume sua concepção filosófica global na famosa “alegoria da caverna”. Imagine um número de indivíduos acorrentados nas profundezas de uma caverna com a cabeça presa na mesma posição, de modo que não conseguem olhar para nada além do muro em frente. Atrás deles há uma fogueira e pessoas caminham entre eles e ela carregando estátuas de vários objetos comuns. Tudo o que os indivíduos acorrentados chegam a ver são as sombras tremulantes das estátuas projetadas no muro em frente, e tudo o que chegam a ouvir são os sons feito pelas pessoas que as carregam.
Platão resume sua concepção filosófica global na famosa “alegoria da caverna”. Imagine um número de indivíduos acorrentados nas profundezas de uma caverna com a cabeça presa na mesma posição, de modo que não conseguem olhar para nada além do muro em frente. Atrás deles há uma fogueira e pessoas caminham entre eles e ela carregando estátuas de vários objetos comuns. Tudo o que os indivíduos acorrentados chegam a ver são as sombras tremulantes das estátuas projetadas no muro em frente, e tudo o que chegam a ouvir são os sons feito pelas pessoas que as carregam.
Pressupondo que
passaram a vida inteira acorrentados, quase toda a sua concepção de
realidade será determinada pela experiência dessas sombras e sons
e eles terão todo o tipo de crença falsa com base nas correlações
que observam entre sombras e outras sombras, sons e outros sons,
sombras e sons.
Agora suponha que um
deles se liberte, consiga sair da caverna e experiencie pela primeira
vez o mundo dos objetos físicos comuns iluminados pela luz do dia.
No início, ficará completamente desorientado e o sol quase o
cegará. Mas em algum momento virá a perceber que o vê agora no
mundo exterior são os modelos das imagens grosseiras que conhecia
antes, e que o mundo de que partiu não passava de uma cópia
imensamente inadequada do mundo que acaba de descobrir. Também verá
o Sol, que pode perceber claramente quando seus olhos se ajustam à
nova realidade, é a fonte da visibilidade dos objetos físicos que
ocupam este novo mundo. Se voltar à caverna e revelar o que
descobriu, os outros habitantes dela pensarão que ficou louco e
serão mesmo incapazes de compreendê-lo. Contudo, ele é o único
que terá chegado À verdadeira compreensão da realidade.
A caverna, para
Platão, representa o mundo da vida cotidiana, e seus moradores
acorrentados que conhecem apenas imagens fugazes e tremulantes
representam as massas ignorantes vivendo como escravas de suas
paixões e fantasias em constante mutação. As estátuas
correspondem aos objetos comuns da vida cotidiana; as coisas do lado
de fora da caverna, correspondem às Formas e o Sol à Forma do Bem
(Deus). O homem que consegue sair da caverna é o filósofo, que, por
conhecer as Formas, é o único que conhece a verdadeira natureza das
coisas e, no entanto, está condenado a ser considerado excêntrico
por aqueles que preferem ser guiados antes por emoções e aparências
que pelo intelecto e pela verdade.
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